Histórico de uma rede sem fio:
O
desenvolvimento das WLAN’s (Wireless Local Área Network – Redes locais sem fio)
se iniciou em meados da década de 80, com a utilização de diferentes
tecnologias como infravermelho, rádio de microonda e rádio spread spectrum
(dispersão espectral), sendo este último um tipo de microondas com componentes
adicionais de segurança. Dentre estas, o infravermelho era o mais popular, já
que não havia a necessidade de licenciamento e por sua facilidade de
implementação, porém, era inviável em algumas situações por precisar de visada
direta.
No
início dos anos 90, algumas empresas começaram a oferecer redes sem fio utilizando
espectro de dispersão, especialmente na América do Norte, onde a faixa UHF
(Ultra High Frequency) de 900 MHz encontrava–se disponível. Como na Europa esta
faixa estava ocupada pelos sistemas de telefonia celular, a frequência de 2.4
GHz foi adotada, apesar de estar mais exposta à atenuação por causa de seu
baixo comprimento de onda. Poucos fabricantes puderam atender a todas as
regiões pelo alto custo de desenvolvimento.
Em
1997, à IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) publicou um
padrão específico para redes sem fio, denominado 802.11. Na mesma época, foram
criados outros padrões como a HiperLAN/2 e Bluetooth. Com estas padronizações,
surgiu uma nova onda de interesse para este mercado, aumentando
significativamente o número de sistemas implementados a partir de então.
Obviamente
que o estabelecimento do padrão IEEE trouxe grande melhoria da tecnologia,
viabilizando a interoperabilidade entre os diversos fabricantes que o seguiram.
Mais tarde, durante o processo de melhoramento deste padrão, houve uma divisão
de opiniões que gerou a quebra do comitê e o prosseguimento de dois padrões
independentes: o 802.11a e o 802.11b.
Com a
evolução do protocolo para as versões 802.11a/b, tornou–se mais atrativo para o
mercado investir em infra–estruturas deste tipo, já que as taxas de transmissão
foram elevadas para 54 Mbps e 11 Mbps, respectivamente, ao invés dos 2 Mbps
alcançados no 802.11. Além destes, foram criados outros padrões, como 802.11g e
802.11f, cada um com características específicas para diferentes aplicações.
Funcionamento
de uma rede sem fio:
A transmissão de dados pode ser feita por radiação
infravermelha, via satélite ou por meio de radiofrequências - radiações
eletromagnéticas usadas, por exemplo, em telefones móveis e walkie-talkies. O
funcionamento se dá por meio do Access Point (Ponto de Acesso), um aparelho que
envia os dados na forma de ondas de rádio para serem captadas por antenas e
transmitidas para todos os dispositivos conectados à rede.
A tecnologia Wireless se divide em quatro tipos: a de curta distância
(WPAN), local (WLAN), metropolitana (WMAN) e de longa distância (WWAN).
A WLAN é usada por computadores, notebooks e tablets que se comunicam sem
utilização de fios e cabos, em redes Wi-Fi. Existem também as redes que se
utilizam de baixas taxas de transferência para permitir conexões de curta
distância (WPAN), como o Bluetooth e o infravermelho, presentes principalmente
em dispositivos móveis como celulares e tablets. A última, WWAN, é usada na
base dos serviços de telefonia celular.
Tecnologias das Redes Sem Fio
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As redes sem fio surgiram como
redes complementares às redes cabeadas, com o intuito de promover a mobilidade
e a visualização rápida dos dados independente da localização do usuário, tendo
os dados transmitidos pelo ar ou espaço livre, que se constituem como meio
físico para propagação de sinais eletromagnéticos, provendo uma interconexão
completa, e permitindo uma grande flexibilidade na localização das estações,
sendo essa a principal diferença entre as redes sem fio e as redes
convencionais.
O processo continuou com o
desenvolvimento de novas tecnologias e no aumento da velocidade de transmissão
de dados que contribuiu com a diversificação das possibilidades até ao desenvolvimento
de tecnologias para aplicações mais simples assim como o Bluetooth, com
infraestrutura mais simples e baixo consumo energético o que lhe oferece a tal
desinência.